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Um fim-de-semana na Bélgica - Parte I

  • Foto do escritor: Raquel Pereira
    Raquel Pereira
  • 5 de mar. de 2020
  • 3 min de leitura

Em Dezembro arranquei com uma amiga para passar um fim-de-semana na Bélgica. Temos o hábito (ou pelo menos tentamos) viajar juntas uma vez por ano, e no verão, quando começamos a planear a viagem para 2019, tínhamos pelo menos duas preocupações: queríamos uma viagem que ficasse barata e só tínhamos um fim-de-semana para a fazer uma vez que já não tínhamos dias de férias para tirar. Por isso, queríamos uma cidade que conseguíssemos explorar relativamente bem em tão pouco tempo. Das capitais europeias que nos faltavam, Bruxelas estava a um excelente preço, e pensamos desde logo que os mercados de natal belgas seriam de aproveitar.

Como íamos sexta ao final da tarde e regressávamos domingo à noite, o tempo era limitado e o itinerário ia traçado quase ao milésimo de segundo. Infelizmente o dia da partida coincidiu com a greve dos controladores aéreos franceses e o voo saiu de Lisboa com quase 3 horas de atraso, o que significa que chegamos a Bruxelas perto da meia-noite e os planos que ainda tínhamos para esse dia saíram todos ao lado.


Bruges

No dia seguinte acordámos cedo e apanhamos o comboio para Bruges, no noroeste da Bélgica, e a 1h30m de viagem vale totalmente a pena, porque a cidade é linda de morrer e acabou por se tornar o ponto alto da visita à Bélgica. O único senão é que, tal como nós, milhares de turistas também escolheram esta altura para viajar até lá, atraídos pelas decorações e os mercados de natal, e a cidade estava cheia, com filas enormes para tudo e ruas caóticas.

Mas nem isso alterou o encanto a Bruges, cujo centro histórico parece retirado de um verdadeiro conto de fadas, com pequenas casinhas de tijolos, muitas delas com as fachadas ornamentadas e muito cuidadas e algumas com pequenos jardins. Os vários canais que a percorrem dão-lhe um ar ainda mais arcaico e especial, valendo a pena irmos nos perdendo neste pequeno labirinto e prestar atenção a todos os pormenores deste centro histórico classificado como Património da Humanidade pela UNESCO em 2000.

Optamos ainda por fazer um pequeno passeio de barco nos canais de forma a ter outra perspectiva da cidade e ver o que não conseguimos a pé. A viagem tem o custo de 10€ e demora cerca de meia hora, e apesar de o percurso ser um pouco repetitivo, vale a pena até pelas explicações que o condutor do barco vai dando, contando um pouco sobre a história e as tradições de Bruges. Segundo ele, o preço de uma destas casinhas à beira rio pode chegar a custar 1 milhão de euros.

A seguir, continuamos a explorar a cidade a pé e fomos percorrendo as ruas de mercado em mercado até chegarmos à praça principal - Markt Square - que é lindíssima e preserva ainda preserva boa parte de seu traçado original. Cada um dos lados da praça tem prédios em diferentes estilos, construídos ao longo de vários séculos, sendo que o destaque acaba por ir para o Campanário de Belfort, também conhecido como Campanário de Bruges, a torre medieval com 83 metros de altura e 336 degraus para os que se queiram aventurar a chegar ao topo.

Como também a praça estava transformada num enorme mercado de natal, acabamos por almoçar por ali, sendo que a variedade gastronómica era enorme, mas optamos por algo tradicional e escolhemos uma espécie de cachorro-quente, mas de bratwurst, a tradicional salsicha típica da Alemanha, mas também muito comum em vários países do centro da Europa.

Antes de regressarmos a Bruxelas, passamos ainda pela famosa rua Breidelstraat, que liga as duas principais praças da cidade, Markt e Burg e tem imensas lojas de chocolates que fazem babar qualquer um.



Podem continuar a ler sobre a segunda parte da viagem aqui.


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