
Sobre
Patrícia Reis
Nascida no final da década de 80, sou uma cachopa que vem do Alentejo e divide o tempo entre Lisboa e Sines. Tento encontrar o meu equilíbrio entre estes dois pólos e, se por um lado, preciso da azáfama e da vida lisboeta, a tranquilidade da planície e do mar são o que me mantêm sã.
E já que falamos em sanidade, também tenho que falar de arte - mais não seja porque é um dos motivos principais para a criação deste blog. As artes, no geral, fazem parte da minha vida desde que me lembro de ser gente. Ser filha única, talvez, tenha exigido de mim um esforço e criatividade extras para saber entreter-me sozinha. Não havia nada que me fascinasse mais do que ouvir música, pintar, escrever ou fotografar. Não que fosse incrivelmente dotada nalguma destas áreas, mas o prazer que me davam era inigualável. Guardo as memórias da primeira vez que ouvi Massive Attack, da minha primeira experiência com tinta a óleo a imitar um quadro do Van Gogh, do meu primeiro livro em branco e das minhas primeiras experiências num laboratório de fotografia analógica. Desde esses tempos até agora, as artes e a cultura em geral continuam a ser o que me move, o que me desperta mais curiosidade e é aquilo a que tento sempre dedicar mais tempo.
Hoje em dia, com mais bagagem cultural e mais experiência, as minhas paixões no campo artístico e cultural alargaram e tornaram-se mais intensas, daí a necessidade de começar a partilhar essa paixão com a cachopa aqui do lado. Aquilo que foram horas e horas de assunto em cafés e jantares passam agora a fazer parte deste blog.
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Dedico grande parte do meu tempo a estas paixões, sobretudo cinema e música, passo horas a fio no Ted e no Medium a ler e a ouvir sobre os mais variados assuntos e nunca recuso um convite que envolva comida ou vinho (não fosse eu alentejana, certo?). Sempre que dá para esticar o dinheiro tento viajar e o bichinho da fotografia continua cá, embora um pouco apagado porque confesso que o meu prazer continua a ser a fotografia analógica e, infelizmente é um hobby dispendioso. Mas não está esquecido, apenas adormecido.
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Para além disto tudo tento ser arquitecta nas horas vagas.
“A Arte existe porque a vida não basta” - Ferreira Gullar
Raquel Pereira
Natural de Torres Vedras (sim, é importante esclarecer desde já que adoro carnaval), tive a sorte de ter crescido nos anos 90. Passei a adolescência a gravar cassetes com as músicas que passavam na rádio e VHS com os vídeos preferidos da MTV, a cantar a plenos pulmões as músicas das Spice Girls e dos Backstreet Boys (cliché eu sei, mas arrematavam-nos o coração). Sei o que é o Napster e foram muitas as horas a pensar no melhor nickname para o mIRC.
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Adorava improvisar e fazer teatros e confesso que durante a adolescência sonhava ser actriz (talvez achasse que ia para Hollywood e casaria com o Brad Pitt) mas felizmente compreendi a tempo que não era aquilo que queria. O que me fascinava, na verdade, eram as histórias, as personagens e as suas vidas, repletas de aventuras, de cores e formatos tão diferentes do meu. Talvez por ter nascido numa cidade pequena, onde não havia grande coisas para fazer, estas eram uma escapatória para universos mais interessantes, onde tudo parecia acontecer.
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Eram as histórias, as histórias da história, e todas as outras que ia apanhando. Das séries, dos livros, das pinturas e dos que as criavam. E depois passou a ser também o que está por detrás delas, a criatividade, a capacidade de criar e a genialidade daqueles que conseguem construir algo de novo e nessa arte fazem as mais bonitas e importantes reflexões sobre a vida, com tudo o que de maravilhoso e trágico ela tem.
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Estudei História da Arte mas o que me move e fascina é a cultura em geral, seja em que formato for: aquela música que não conseguimos parar de ouvir, aquele livro que devoramos e sublinhamos de uma ponta a outra, as cores daquele quadro ou aquela série em que faço binge-watching e só quero que mais alguém veja para conseguir comentar. Muito daquilo que mais gosto de fazer passa por isso, e não há dúvida que escrever e poder partilhar as minhas ideias sobre todas estas coisas é o ponto de partida para este blog.
Para além disto, adoro feijoada e cozido à portuguesa, “Beleza Americana” continua a ser o meu filme preferido e ninguém destrona o Eddie Vedder do meu coração. Tenho uma grande admiração pela cultura nórdica, mas não gosto de frio e a Zara consegue-me fazer perder a cabeça mais vezes do que o que gostaria.